Avaliação para os privados de liberdade serve para certificar jovens e adultos nos ensinos Fundamental e Médio
Lucas tem 25 anos e dá os primeiros passos em direção ao sonho de se formar engenheiro civil. Nascido em Praia Grande, o jovem hoje está recluso na Penitenciária de Registro-SP e acaba de concluir o Ensino Fundamental dentro do cárcere. Ele faz parte de um grupo de 368 reeducandos custodiados pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) que cursam os ensinos Médio e Fundamental em unidades prisionais da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. Lucas e os demais participaram do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL). A prova foi realizada no ano passado e, no total, 153 participantes foram aprovados nas duas regiões.
O ajudante de pedreiro Lucas é um exemplo de quem encontrou na unidade prisional a chance para recomeçar. “A sensação que tenho é de que posso acreditar em mim, que nada está perdido”, declara. “Eu posso continuar lutando pelos meus objetivos. Quero ser um modelo de superação para as pessoas que amo e recuperar o tempo perdido”, reflete.
Agora, o reeducando pensa em continuar os estudos e o próximo passo é concluir o Ensino Médio. “Minha família está orgulhosa e confiante, pois entende que a minha mudança de vida é a prova de um futuro seguro e melhor”, filosofa.
Sobre o Encceja
Realizado pelo Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Encceja PPL serve para certificar, de uma forma mais ágil, participantes que não puderam ou tiveram dificuldades em finalizar o ensino regular na idade apropriada para cada nível.
Em todo o Estado de São Paulo, participaram da certificação do Encceja 18.445 reeducandos, sendo aprovados 3.620 estudantes custodiados.
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| Foto: Divulgação/SAP |