Bandagem Neurofuncional, você já ouviu falar?






Faixa adesiva elástica pode trazer problemas se não utilizada corretamente, alerta fisioterapeuta


Bandagem Neurofuncional, você já ouviu falar?
Bandagem Neurofuncional



Conhecida como Kinesio Tape ou Bandagem Neurofuncional, a faixa adesiva elástica virou febre entre atletas de todos os níveis, já que além de ajudar na redução de edemas e dores de lesões musculares, como distensões e tendinites, esse tipo de “fita”, permite que atletas ou praticantes de exercícios físicos continuem seus treinos normalmente enquanto se recuperam da lesão. Mas afinal, como a terapia funciona e quais seus benefícios?



De acordo com o fisioterapeuta do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica – CERNE, Guilherme de Oliveira Tomaz, a Bandagem Funcional é um adesivo de estrutura única que consegue estimular a facilitação e inibição do tônus muscular, permitindo com isso uma informação sensorial positiva ao organismo. 

“As bandagens auxiliam por efeitos neurofisiológicos e biomecânicos no tratamento de distúrbios musculares, miofasciais, osteotendíneos, ligamentares, linfáticos, funcionais, viscerais e neurológicos. 

Portanto a aplicabilidade da bandagem funcional é muito ampla. Quando aplicamos na zona afetada, a dor alivia por meio das ondulações promovidas pela bandagem. Além de melhorar a circulação sanguínea”, explica.













Atualmente, a técnica tem sido empregada na prática fisioterapêutica e por terapeutas ocupacionais como complemento às intervenções em diferentes áreas como a desportiva, traumato-ortopédica, terapia manual, na estética, neurológica e pediátrica. Segundo o fisioterapeuta, a utilização proporciona benefícios como o auxílio na contração muscular, alívio da dor, redução da contração excessiva dos músculos, além de auxiliar na liberação de aderências, na fadiga muscular, reduzir inflamações e edemas, promover alinhamento articular, melhorar amplitude de movimentos e a propriocepção, auxiliar na correção postural e proporcionar maior estabilidade.



Porém, o especialista alerta para a sua aplicação, que deve ser feita por um profissional capacitado. “É importante lembrar que a bandagem deve ser aplicada por um profissional capacitado, que detenha conhecimentos de biomecânica e anatomia, que conheça os cuidados necessários e a técnica correta para aplicação. 

Esse método não deve ser utilizado em casos de pacientes que apresentem fragilidade tegumentar e capilar ou alergias. 

Ou ainda na suspeita de tromboses venosas pois, apesar da aplicação melhorar a circulação sanguínea, pode provocar o deslocamento de trombos. A bandagem também não é indicada sobre ferimentos na pele de pacientes em tratamento radioterápico e sobre cicatrizes recentes”, complementa.



Para finalizar, Tomaz lembra que a utilização recomendada da Bandagem Neurofuncional é de três a cinco dias, já para a aplicação a pele deve estar limpa e seca sem excesso de pelos. Para aplicação após o banho, o recomendado é secar bem com a toalha. Já para a remoção, é necessário o uso de óleos que auxiliam no descolamento suave do material no sentido dos pelos, cuidado que evita lesões e bolhas.



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