A equipe de Polícia Militar Ambiental do Vale do Ribeira deslocou-se ao bairro Santa Rita, município de Miracatu, a fim de averiguar possível extração clandestina do Palmito Juçara.
Quando após intensa caminhada em meio a mata fechada, em terreno íngreme de difícil acesso, transpondo vários cursos d'água, visualizaram três indivíduos no momento em que se preparavam para exploração do palmito Juçara, porém, ainda não haviam cortado as palmeiras, mas traziam consigo substâncias, instrumentos próprios para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente. Ainda foi localizada junto aos pertences dos envolvidos uma porção de uma substância esverdeada, análoga à maconha.
Sendo assim, foi efetuada a apreensão dos seguintes itens:
-03 facões de 20 polegadas;
-03 galões com capacidade para 40 litros;
-257g de metabissulfito de sódio;
-06g de substância esverdeada análoga a maconha;
- 08 sacos plásticos com capacidade de 100 litros.
Indagado os autores, todos foram unânimes em declarar que tinha por objetivo explorar palmitos da espécie juçara.
Os infratores foram identificados pelos verdadeiros nomes e quando efetuada a pesquisa dos antecedentes criminais dos envolvidos, todos constaram pendências criminais, todavia, um dos indivíduos constou um mandado de prisão em aberto por envolvimento a um sequestro ocorrido no mês de setembro de 2021, onde o irmão de um jogador de futebol paraguaio foi mantido refém no município de Miracatu/SP, no sequestro os criminosos levaram a vitima até um cativeiro na área rural de Miracatu e mantiveram o cidadão em cárcere privado, acorrentado pelo pescoço com requintes de crueldade, o sequestro durou oito dias enquanto os criminosos solicitavam a entrega de 300 mil dólares ao irmão da vitima, jogador profissional de futebol no Paraguai, ocorrência esta que na época dos fatos teve grande repercussão televisiva.
Diante do exposto e do crime ambiental, as partes foram encaminhadas para a Delegacia de Polícia de Miracatu, onde a autoridade de polícia judiciária determinou a lavratura do BOPC por crime ambiental e posse de entorpecente, sendo as autuações na parte administrativa (ambiental) totalizadas no valor de R$ 6.000,00, os infratores permaneceram a disposição da justiça e os itens apreendidos.
Fonte : Comunicação da Policia Ambiental