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Homem e humanidade

 

O filósofo Francis Bacon (1561-1626) escreveu que podem ser distinguidas três espécies de homens, como se fossem graus de ambição da humanidade.

Homem e humanidade

A primeira é a daqueles que desejam estender seu domínio dentro do país natal; esta espécie, para Bacon, é vulgar e degenerada.

 

A segunda é a daqueles que lutam para estender o poderio de seu país aos demais povos; esta, segundo o filósofo, demonstra mais dignidade, porém não menos cobiça.

 

Contudo, se porventura o homem se empenhar em estender o domínio da raça humana sobre o universo, sua ambição será, sem dúvida, mais benéfica e mais nobre do que as outras duas.

 

Do pensamento de Bacon deduz-se que o espírito de coletividade deve ser colocado à frente do individualismo. Ou seja, o homem, ou melhor diríamos o indivíduo, deve agir não pensando apenas em si próprio, mas sim em função de toda a humanidade.

 

Esse pensamento do grande filósofo inglês é perfeitamente lógico, uma vez que a humanidade nada mais é do que o conjunto de todos os seres humanos existentes na face da terra,

 

O espírito de coletivismo reveste-se de grande importância. De fato, existindo colaboração entre os homens, isso refletiria positivamente em todos os sentidos e teria como resultado a sadia evolução da humanidade.

 

O homem que procura agir isoladamente pode conseguir realizar muita coisa. No entanto, se ele agisse em comum com os outros, seus resultados seriam bem mais satisfatórios. Aqui poderíamos citar o velho ditado segundo o qual várias cabeças pensam melhor do que uma.

 

É natural que o pensamento de Bacon não encontre guarida, hoje em dia, na mente do homem do terceiro milênio, cuja índole está encharcada de individualismo, o que bem demonstra o quanto ainda temos de caminhar em busca de nossa evolução interior.

 

O ser humano deve, principalmente, tentar expandir o seu grupo e não a si próprio. Devemos estender, como disse Bacon, o domínio da humanidade sobre todo o universo, e não, como hoje acontece, o domínio de poucos homens sobre toda a raça humana.

 

 

ROBERTO FORTES

ROBERTO FORTES, escritor e poeta, é licenciado em Letras e autor do livro de contos “O Tucano de Ouro - Crônicas da Jureia” (2012), além de centenas de crônicas e artigos publicados na imprensa do Vale do Ribeira.  E-mail: robertofortes@uol.com.br

 

(Direitos Reservados. O Autor autoriza a transcrição total ou parcial deste texto com a devida citação dos créditos).

 

 

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