Segundo matéria do jornalista Ricardo Meier do Site "Metro - CPTM" , Com extensão de 223,6 km, o projeto prevê três tipos de serviço: um expresso entre Santos e Cajati com algumas paradas estratégicas; um parador entre Santos e Peruíbe; e outro entre Peruíbe e Cajati.
Ferrovia deve ter quase 224 km de extensão, boa parte dela em vias elevadas, e atender a uma população de mais de 1,5 milhão de pessoas
Um estudo técnico apresentado pela CPTM durante a 31ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, na sexta-feira (19), revelou as primeiras características do futuro trem regional que poderá ligar Santos a Cajati, passando por cidades da Baixada Santista e do Vale do Ribeira.
A iniciativa ainda depende de análise de viabilidade pelo governo estadual, mas já aponta um desenho detalhado da linha.
A ferrovia pretende recuperar vias abandonadas há anos e conectar quase toda a extensão de municípios do litoral e da região sul.
Com extensão de 223,6 km, o projeto prevê três tipos de serviço: um expresso entre Santos e Cajati com algumas paradas estratégicas; um parador entre Santos e Peruíbe; e outro entre Peruíbe e Cajati.
A viagem completa do expresso deve levar cerca de 2h20, enquanto o transporte de cargas teria tempo estimado de 3 horas.
Estudo prevê 13 estações:
Segundo o estudo inicial, linha contará com 13 estações: Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Itariri, Pedro de Toledo, Miracatu, Juquiá, Registro, Jacupiranga e Cajati
A demanda prevista é de 28 a 32 mil passageiros por dia, além da movimentação de aproximadamente 600 contêineres (TEUs) diários. A população impactada pelo novo corredor ferroviário pode chegar a 1,55 milhão de habitantes.
Trajeto e infraestrutura
O projeto está dividido em quatro trechos:
Trecho A: entre Santos e Mongaguá, com cerca de 35 km, sendo 88,6% em elevado. A alternativa preferencial é a opção 1A, que parte da Estação Valongo, em Santos, e contorna a área urbana, conectando-se ao VLT da Baixada e ao futuro Trem Intercidades (TIC) Santos.
Trecho B: de Mongaguá a Peruíbe, com 51,2 km totalmente em elevado.
Trecho C: entre Itariri e Juquiá, com 80,3 km, sendo 68,5% em superfície e 31,5% em elevado.
Trecho D: de Juquiá a Cajati, com 57,1 km, majoritariamente em superfície (96,5%).
O traçado prevê conexões com o Porto de Santos, o VLT da Baixada Santista e o TIC Santos, além da implantação de pátios de manutenção, postos de abastecimento, centro de controle operacional e terminais logísticos intermodais.
Trens autopropulsados
Talvez para baratear o projeto, a CPTM não previu alimentação de energia por catenária. Em vez disso, o trem regional deverá utilizar composições autopropulsadas, híbridas a biodiesel ou bateria, e será equipado com sistema de controle ETCS nível 2, padrão europeu.
Estão previstas unidades com dois carros (126 passageiros) para os serviços do Vale do Ribeira e composições maiores, com quatro carros (274 passageiros), para a Baixada Santista.
O investimento estimado no projeto varia de R$ 19 bilhões a R$ 21 bilhões. Classificado como ativo yellowfield, o empreendimento combina reaproveitamento de parte da infraestrutura existente com novas obras de grande porte, especialmente os longos trechos em elevado na Baixada.
Na região de Santos, a meta é conectar o trem regional com o TIC Eixo Sul, que levará até São Paulo, e o VLT da Baixada Santista.
Fonte: Site Metro - CPTM (Jornalista Ricardo Meier)
