Simplesmente Filoh Simplesmente Filoh
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Simplesmente Filoh








Simplesmente FilohA estreia de Filomena Aparecida da Silva, ou simplesmente Filoh, deu-se em 1993, com o livro “Toque de luz”. Depois, vieram “Ecos de um coração” (1999), “Vivências” (2004) e “Pedaços inteiros” (2009). A autora, portanto, além de talento, tem bagagem literária. Com merecimento, Filoh se inscreve no universo das poetisas (ou poetas, na preferência de alguns) de nosso Vale do Ribeira. Autoras que, desde o século XIX, vem escrevendo os seus nomes na história regional.





Poderia citar algumas (a lista nem de longe é completa, e aqui peço desculpas pelas omissões não intencionais): Lauriana Emília, Lodônia Gonçalves e Francisca Júlia, ainda no século XIX; e, nos séculos XX e XXI, Anita Magalhães Carvalho, Alzira Pacheco Lomba Kotona, Maria Ignez Gonçalves Pettená, Maria Gonzaga Xavier, Maria Lúcia Giani França, Margarida Pinto Cunha, Sueli Correa, Paloma dos Santos (a lista é incompleta). Cada uma com sua temática própria, mas todas representantes valorosas da inteligência e da força da mulher desta terra banhada pelo Ribeira de Iguape.

Tive a honra de prefaciar “Pedaços inteiros”, o último livro de Filoh. Os poemas falam de amor, de saudade, de alegria, de tristeza, enfim, de sentimentos inerentes a este ser tão misterioso, tão cheio de contrastes, tão humano, demasiado humano.

Muitos dos poemas de Filoh são marcados pela relação entre amantes, com os seus encontros e desencontros. Como nestes versos do poema “Eu te amei de todas as formas” (de “Ecos de um coração”):

“Não busquei em teu corpo
Prazeres apenas
Busquei muito mais
Do que podes imaginar
Porém, por vaidade
Ou inércia, talvez,
Nada entendeste
Do que eu quis te dar...”

Ou então estes versos, de “Pedaços inteiros”:

“Eu e eu
Duas pessoas numa só.
Dois corpos num só.
Não pedaços,
Como me julgava antes...
Juntei os pedaços
Emendei-os
E agora me sinto inteira
Me refiz
Em pedaços inteiros!”...

A sua região (ou melhor, a nossa), e mais exatamente o rio Ribeira de Iguape, não poderia deixar de estar presente em Filoh, como no poema “O Rio”:

“Águas, muitas águas que correm
Sejam elas loucas ou calmas
Trazem a semente da vida
No aconchego da alma...”

O leitor, certamente, embarcará numa viagem encantadora em “Pedaços inteiros” e nos demais livros da autora. Uma viagem nas asas da poesia. Uma viagem pela poesia de Filoh.

ROBERTO FORTES


ROBERTO FORTES, historiador e jornalista, é licenciado em Letras e sócio do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.  E-mail: robertofortes@uol.com.br
(Direitos Reservados. O Autor autoriza a transcrição total ou parcial deste texto com a devida citação dos créditos).


















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