A Educação cumpre, ou deve cumprir, um papel fundamental no âmbito do desenvolvimento
e do progresso de uma sociedade. No bojo dessa responsabilidade que é extensiva a todos
os agentes participantes do processo, há ainda a imperiosa necessidade de que cada ser
integrado a essa tarefa, tenha bem claro, o propósito no qual e para o qual está se
empenhando.
O momento atual, pelo qual o planeta está passando, apesar dos diversos níveis de
transtornos que vem causando nos relacionamentos entre as pessoas e instituições, tem
servido também, para mostrar o quanto a Educação brasileira precisa evoluir para atender
as reais necessidades de seus estudantes. Isto, considerando um processo eficaz, em que
a aprendizagem aconteça de forma evolutiva e produtiva.
Quantos desafios estão sendo
enfrentados por professores, alunos e familiares para atender, mesmo que de forma
mínima, aquilo que de cada um é cobrado pelo sistema educacional, seja ele municipal,
estadual ou particular, nesses tempos de reinvenção? Difícil seria dimensionar um resposta
capaz de satisfazer para todos essa questão. Todavia, vale lembrar e imaginar que durante
as dificuldades surgem as oportunidades.
Direcionando o foco para as soluções, seria este
um momento oportuno para que todos os agentes que de alguma forma estão envolvidos no
processo educacional convirjam seus esforços de forma que TODOS possam ser
razoavelmente atendidos? As evidências dizem que sim.
As instituições públicas e privadas que oferecem como serviço o atendimento educacional
estão se deparando com uma situação para a qual - salvo raras exceções -, não estavam
preparadas.
Os professores, via de regra também, segunda pesquisa recém divulgada, em
sua grande maioria não estão aptos para prestar o atendimento a distância aos seus
alunos. Se instituições e professores se encontram nesse patamar para encarar a realidade
que estamos vivendo, o que dizer dos alunos e de seus familiares referente ao mesmo
problema?
Ainda nessa linha de pensamento, é oportuno lembrar que a Educação do país passa por
uma fase de mudanças, quando a Base Nacional Comum Curricular - BNCC, traz como
pano de fundo a Educação Integral, ou seja, um processo de relacionamento e
aprendizagem que possa permitir o desenvolvimento pleno de todos os estudantes.
Pode
parecer simples, mas não é. Quando se olha para a realidade vivida pelos estudantes, haja
vista a heterogeneidade que se faz presente em nossa sociedade, é possível sentir na pele
o quanto sofre cada um desses agentes, que lutam diariamente com as armas de que
dispõem. Quem tem ou teve a oportunidade de conhecer o funcionamento de uma escola
pelo lado de dentro, bem como o seu entorno com toda sua realidade, consegue perceber o
quanto é necessário progredirmos para melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Principalmente quando se faz referência ao trato às diferenças. Somente com o diálogo
entre todas as partes e com propósitos bem claramente definidos será possível galgar
alguns degraus para sairmos das das últimas colocações dos indicadores que medem a
qualidade da educação em vários continentes.
A Constituição brasileira assegura que "todos são iguais perante a lei". Na educação o
tratamento que mais poderia se aproximar dessa expressão séria o tratamento com
equidade. Todavia, a diferença entre escrever um parágrafo sobre o tema e a prática dentro
de uma instituição e nos contextos sociais, é abissal.
Para que a equidade seja praticada é
necessário que cada estudante disponha dos meios e do atendimento necessários para o
seu pleno desenvolvimento. Será necessário ainda que todo processo de atendimento
esteja equipado e preparado para atender seus estudantes levando em conta todas a sua
diversidade, compreenda-se aqui aqueles estudantes com necessidades especiais e/ou
transtornos, sejam eles quais forem e o atendimento adequado para estes, incluindo
orientações aos seus familiares.
Tal atendimento, caso pretenda ser eficaz, segundo recomendam os profissionais
experientes, deve levar em consideração as condições sociais, tanto dos estudantes,
quanto de seus familiares, e procurar engajá-los no processo de acordo com suas
condições e necessidades. Lembrando que, para isso são imprescindíveis as parcerias
entre as diversas áreas do atendimento público e a sociedade civil, passando
necessariamente pelo terceiro setor.
O processo que leva esteticamente o nome de Educação, tem em seu interior um labirinto
que raramente é observado. Cada personagem que compõe esse enredo sabe e sente no
seu cotidiano, situações que muitas vezes, não compartilha com seus semelhantes.
Professores, alunos e familiares são pessoas. Pessoas têm sentimentos, crenças, valores,
necessidades e sonhos.
Nessas condições estão, muitas vezes clamando por alguém que
os escute. Por alguém que os acolha e que os mostre que eles existem e que são
importantes. Esse é o processo que pode ser chamado de Educação. Um processo feito de
gente e para gente. Gente que se relaciona. Gente que aprende. Gente que pode e que
deve se desenvolver plenamente.
Por : Maximo Ribeiro; profissão: professor, residente em Cajati-SP.
Por : Maximo Ribeiro; profissão: professor, residente em Cajati-SP.
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