Em Registro-SP, alunos da rede municipal ficarão sem uniforme em 2018
Uniformes foram entregues pela última vez em 2016. Este ano a empresa ganhadora da licitação, está envolvida em esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria Geral da União e o Juiz Federal determinou o imediato cancelamento.
Uniformes foram entregues pela última vez em
2016. Este ano a empresa ganhadora da licitação, está envolvida em esquema de
corrupção investigado pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria
Geral da União e o Juiz Federal determinou o imediato cancelamento.
Alunos da rede municipal de ensino de Registro-SP vão ficar, de novo, sem receber
uniformes. Segundo a prefeitura, o kit só poderá ser entregue em
2019. Ano passado já foi assim e as mães das crianças estão revoltadas
porque as crianças já estão com o mesmo uniforme há dois anos.
A última entrega
foi feita em 2016.
No último dia 29, a prefeitura de Registro-SP por
determinação judicial, suspendeu a ata de registro de preço com a empresa
Tryninvest Uniforme Eireli – ME, que na visão da decisão judicial da Justiça
Federal do Inquérito policial nº 0000953-93-2018.403.6181 demonstrou que a
empresa faz parte de um cartel para fraudar licitações, cujo objeto era uniforme
escolar.
Este é um problema que já é clássico na atual
gestão, no ano passado os alunos não receberam os uniformes e a prefeitura
alegou que os kits escolares não haviam sido entregues, porque a empresa
vencedora do processo licitatório não teve as amostras de tecidos aprovados.
Este ano a empresa ganhadora da licitação, está envolvida em esquema de
corrupção investigado pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria
Geral da União e o Juiz Federal determinou o imediato cancelamento.
Segundo o vereador Vander Lopes “Os uniformes
trazem várias vantagens aos familiares dos alunos, dentre as quais a garantia
de economia e o oferecimento de segurança aos estudantes, pois auxilia na
identificação no trajeto de ida e volta das escolas, e que, sendo assim, a
falta dos uniformes e o atraso em suas entregas causam grande preocupação às
famílias, portanto, eu peço ao Sr. Prefeito um pouco de sensibilidade e
planejamento por parte de sua equipe, pois submeter os estudantes todos os anos
à falta de uniforme escolar é uma prova de má gestão”, disse o vereador.
Para o vereador Fábio Tatu “Numa época de
crise econômica, desemprego crescente e aumento constante de preços dos
produtos básicos para a população, o fornecimento dos uniformes escolares vai
além da questão financeira, pois garante inclusão social evitando a
discriminação e disputa por status, aumentando a motivação e auto estima dos
alunos e um maior sentimento de pertencimento ao grupo, fundamentais para o
desenvolvimento psicossocial da criança e do adolescente” ressalta o
parlamentar.
Valdenice Cavalcanti moradora do bairro Vila
Nova, disse que seus filhos também não receberam o uniforme ano passado e nem
este ano.
Ela conta que as peças de roupa que a escola entregou em 2016 não
servem mais. "Eles vão com a roupa normal e eu coloco uma camiseta do
uniforme antigo para poder ter uma camiseta para ir para a escola.
Fica
pequena, mas eu coloco, fazer o quê? Eles falam que vão providenciar, mas nunca
providenciam", diz.
Mesma situação do filho da Val Alves moradora
do bairro Jurumirim.
O estado do uniforme dele não é dos melhores e nem do
tamanho certo.
"Eu queria que meu filho pudesse entrar com uniforme da
escola porque é um meio de identificação dele.
Até então a gente tem que
comprar a roupa. Não falo somente por mim, mas quem tem mais de um filho
precisa do uniforme", lembra.
POLÍCIA FEDERAL
Logo após a ação da Polícia Federal no
município, dia 14/05, os vereadores abriram uma Comissão Especial de Inquérito
para apurar todos os procedimentos licitatórios, e os respectivos contratos,
cujo objetivo é a contratação de empresas para o fornecimento de uniformes e
alimentação escolar.
As medidas tomadas pelos membros do
Legislativo Registrense foram em resposta à Operação Prato Feito, deflagrada no
último dia 9, e inclusão da Prefeitura de Registro entre os municípios
investigados pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria Geral da
União, para desarticular cinco grupos suspeitos de desviar recursos da União
destinados à Educação.
Os vereadores que compõem a CEI, Toon Adorno
(presidente), Vander Lopes (relator) e Fabio Cardoso (secretário) e terão o
prazo de 90 dias para concluir seus trabalhos.