Tire 7 dúvidas sobre radioterapia
Radio-oncologista esclarece
vários medos que os pacientes enfrentam durante o tratamento
O câncer é rodeado de estigmas e
mitos. E não é diferente com os tratamentos que o combatem, caso da
radioterapia. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), até 60% das
pessoas diagnosticadas com a doença passa pelo procedimento, que tem se tornado
cada vez mais eficaz. Ainda assim, muitos desconhecem como ele se dá. “É
importante que algumas informações sejam desmitificadas, já que o paciente se
encontra em um momento de grande fragilidade emocional. Cada detalhe
esclarecido facilita bastante o tratamento”, conta Bruna Bonaccorsi,
do Centro de Tratamento de Radioterapia - Cetus Oncologia.
A radioterapia consiste no
direcionamento de radiações ionizantes ( principalmente raios-X) para
tratamento de células cancerígenas. A radiação consegue impedir a multiplicação
das células tumorais ou ainda, provocar a morte das mesmas. O método é
indolor e as radiações não são perceptíveis a olho nu. O processo pode ser
realizado de forma isolada ou associado a outros tratamentos. Caso seja
recomendada juntamente com cirurgia, ela pode ser feita antes, durante ou
depois da operação. O mesmo ocorre com a quimioterapia.
RADIOTERAPIA PROVOCA QUEDA DE
CABELO, COMO A QUIMIOTERAPIAS?
A radioterapia provoca efeitos
colaterais locais, portanto, apenas na região irradiada. Se a região a ser
tratada possuir pelos, pode ocorrer uma epilação (queda dos pelos).
Porém, eles voltam a crescer depois do tratamento. “Se a área em questão for o
couro cabeludo, o local do tratamento sofrerá com queda momentânea e local dos
fios de cabelo, que voltarão a crescer após finalizar as sessões de radio”.
RADIOTERAPIA QUEIMA A PELE?
“Atualmente, contamos com mais
tecnologia e técnicas mais modernas, logo a pele do paciente passou a ser menos
afetada como ocorria no passado”. O que pode ocorrer é o aumento da
sensibilidade na região, com vermelhidão e até mesmo, descamação conhecida como
radiodermite. Isso é bastante comum no câncer de mama, por exemplo. “As reações
variam muito de acordo com cada paciente e com os cuidados que o mesmo tem com
a pele irradiada durante o tratamento.”, explica. É necessária a hidratação do
local, maior ingestão hídrica, não se expor ao sol, não fumar, dentre
outras precauções. O indicado é seguir à risca as orientações médicas.
PODE ABRAÇAR GRAVIDAS, IDOSOS E
CRIANÇAS DURANTE O TRATAMENTO?
A radioterapia externa não deixa
qualquer radiação remanescente no paciente. O paciente não fica “radioativo”,
ou seja, ele não emite radiação durante e após o tratamento. “Ele pode conviver
com familiares, amigos, animais de estimação, sem nenhuma restrição”, diz a
radio-oncologista.
RADIOTERAPIA PODE PROVOCAR
INFERTILIDADE?
Se a região do corpo que estiver
sendo irradiada é próxima aos órgãos reprodutivos, é possível que o (a)
paciente tenha a fertilidade afetada temporariamente ou até de modo permanente.
Nesses casos, o congelamento de óvulos é uma alternativa para conseguir
engravidar posteriormente.
AS SESSÕES DE RADIOTERAPIA PODEM
SER FEITAS JUNTO COM OUTROS TRATAMENTOS?
Sim. Em alguns casos a
radioterapia deve ser feita simultaneamente com a quimioterapia. Isso depende
do tipo de câncer e do protocolo de tratamento que será utilizado.
Não existe uma contraindicação
absoluta. “Geralmente, os pacientes conseguem continuar com todas as suas
atividades diárias, inclusive dirigir e trabalhar”, ressalta. Há alguns casos
em que o paciente pode se encontrar mais debilitado, isso vai depender da
avaliação e orientação médica individual.
A RADIOTERAPIA CAUSA
NÁUSEAS E VÔMITOS?
.